Saúde

Ministério da saúde divulga a vacinação contra Covid-19 para as comorbidades
27
ABR
2021

Ministério da saúde divulga a vacinação contra Covid-19 para as comorbidades

COMBATE À PANDEMIA Ministério da Saúde divulga orientações para vacinação de pessoas com comorbidades contra a covid-19 Grupo reúne mais de 1 milhão de beneficiados na próxima etapa de imunização no RS O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com orientações para a vacinação contra a covid-19 de pessoas com doenças crônicas ou algum tipo de agravante prévio para o coronavírus — as chamadas comorbidades, que definem o próximo grupo prioritário a ser contemplado no Plano Nacional de Imunizações. No Rio Grande do Sul, esse universo é calculado em 1,1 milhão de pessoas. A vacinação ocorrerá em etapas, dependendo das remessas de imunizantes enviadas pelo governo federal aos Estados conforme produção dos laboratórios. A vacinação deverá ocorrer, em todo o país, dividida em duas fases principais. Na primeira, serão contemplados os seguintes casos: Thank you for watching Pessoas com síndrome de down maiores de 18 anos. Pacientes de doenças renais que fazem tratamento por diálise maiores de 18 anos. Gestante e puérperas (passaram há menos de 45 dias pelo parto) com alguma comorbidade, maiores de 18 anos. Pessoas com 55 a 59 anos com comorbidades. Pessoas com deficiência permanente cadastradas no programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos. Na segunda fase, será aberta a vacinação para as demais pessoas com 22 tipos diferentes de comorbidades — incluindo aquelas com deficiência permanente cadastradas no BPC, gestantes e puérperas mesmo sem condições pré-existentes — divididas por idade, assim como ocorre atualmente no grupo dos idosos. Isso significa que, nessa etapa complementar, após ser atendida a faixa dos 55 a 59 anos, terá início a imunização do grupo entre 50 e 54 anos, depois 45 a 49, assim por diante, até os 18 anos. A secretária da Saúde do Estado, Arita Bergmann, informa que municípios que já concluíram a vacinação dos idosos e já realizaram busca ativa pelos ausentes poderão avançar a campanha de imunização e iniciar a vacinação das pessoas do primeiro grupo das comorbidades. — Certamente não receberemos doses suficientes para vacinar todas as pessoas da fase 1 de uma vez, então, mesmo dentro da priorização elencada pelo Ministério, a vacinação ocorre conforme a chegada das vacinas ao Estado. Em maio, esperamos iniciar essa etapa em todo o território gaúcho — afirma a diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde, Ana Costa. A maior parte dos municípios gaúchos no momento está vacinando idosos com 61 anos ou mais, dependendo do ritmo da campanha em cada lugar. Para comprovar a doença, a pessoa deverá levar ao posto de saúde um documento médico (exames, receitas, relatório médico, prescrição médica etc). Quais as comorbidades previstas A lista a seguir traz definições resumidas para 22 categorias. A íntegra pode ser consultada no Plano Estadual de Vacinação. Algumas definições envolvem conceitos técnicos que podem ser esclarecidos diretamente com seu médico. Diabetes: pessoas com diabetes mellitus Pneumopatias crônicas graves: inclui doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática). Hipertensão Arterial Resistente (HAR): quando a pressão arterial permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou pressão arterial controlada com uso de quatro ou mais anti-hipertensivos. Hipertensão arterial estágio 3: pressão arterial sistólica igual ou maior a 180 e/ou diastólica igual ou superior a 110, independentemente da presença de lesão em órgão-alvo (cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos, rins) ou comorbidade. Hipertensão arterial estágios 1 e 2: com lesão em órgão-alvo (cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos, rins) e/ou comorbidade. Pressão sistólica entre 140 e 179 e/ou diastólica entre 90 e 109 na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade. Insuficiência cardíaca: insuficiência com fração de ejeção (capacidade de bombeamento do coração) reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independentemente de classe funcional da New York Heart Association. Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar: cor-pulmonale crônico (problema no ventrículo direito que resulta em distúrbio pulmonar), hipertensão pulmonar primária ou secundária. Cardiopatia hipertensiva: hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo (cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos, rins). Síndromes coronarianas: síndromes crônicas como Angina Pectoris (estreitamento das artérias que levam sangue ao coração) estável, cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio, entre outras. Valvopatias: lesões de válvula cardíaca com repercussão na circulação do sangue, sintomática ou com comprometimento miocárdico. Miocardiopatias e pericardiopatias: de quaisquer causas ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática. Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos. Arritmias cardíacas: com relevância clínica e/ou cardiopatia associada. Cardiopatia congênita no adulto: com repercussão na circulação do sangue, crises hipoxêmicas (pouco oxigenação), insuficiência cardíaca, arritmias, comprometimento miocárdico. Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: portadores de próteses de válvula biológicas ou mecânicas; dispositivos cardíacos implantados (marcapasso, cardiodesfibrilador, ressincronizador, assistência circulatória de média ou longa permanência). Doença cerebrovascular: acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular. Doença renal crônica: estágio 3 ou mais e/ou síndrome nefrótica (conjunto de sinais que caracterizam uma doença renal e evolução crônica). Imunossuprimidos: transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente superior a 10 mg ao dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses; neoplasias hematológicas. Anemia falciforme: todas as pessoas com a doença. Obesidade mórbida: índice de massa corpórea (IMC) igual ou superior a 40. Síndrome de down: trissomia do cromossomo 21. Cirrose hepática: Child-Pugh (tipo de escore de classificação) A, B ou C.

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