Atualizado em 17-01-2021 às 20h25min
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou neste domingo, 17, por unanimidade, o uso emergencial das vacinas CoronaVac e da Universidade de Oxford contra a Covid. A reunião que discutiu o tema durou cerca de 5 horas.
Os diretores acompanharam o voto de Meiruze Freitas, relatora dos pedidos. No caso da CoronaVac, a diretora condicionou a aprovação à assinatura de termo de compromisso e publicação em “Diário Oficial”.
Segundo informações da Anvisa, somente o termo de compromisso assinado pelo Instituto Butantan precisa ser publicado no “Diário Oficial da União”, o que pode acontecer ainda hoje em edição extra. De acordo com a agência, o termo já está pronto e será enviado ao instituto para ser assinado e publicado assim que assinado.
O termo de compromisso prevendo o envio, até o dia 28 de fevereiro, dos resultados sobre a imunogenicidade da CoronaVac foi uma das exigências da relatora do processo para o uso emergencial. A imungenicidade é a capacidade que uma vacina tem de estimular o sistema imunológico e produzir anticorpos.
Estado
Com autorização da Anvisa para vacinas, o Rio Grande do Sul pode iniciar imunização até quinta-feira, 21. “Amanhã mesmo deve começar a distribuição da primeira aos estados. Vacinação, assim, possível de ser iniciada até o dia 21 (talvez 20). O RS está pronto. Nossa Rede de Frio, a logística de distribuição para as coordenadorias regionais de saúde, as seringas agulhadas, tudo pronto para o início da imunização no estado”, manifestou o governador Eduardo Leite, nas redes sociais.
Assim que as doses chegarem ao Estado, seguem para a Central Estadual de Distribuição e Armazenamento de Imunobiológicos (Ceadi), onde é feita a separação para as regionais, de acordo com critérios populacionais dos grupos a serem vacinados e de acordo com o volume recebido. Do local, partem os caminhões para as 17 regionais do interior, para a regional com sede na capital e para a central de armazenamento da Secretaria de Saúde de Porto Alegre.
Em relação às agulhas e seringas, a SES terminou 2020 com um estoque de 4,5 milhões de seringas, e foram adquiridas, por registro de preços, mais 10 milhões de seringas agulhadas. A entrega desses insumos aos municípios será escalonada e integrada com a distribuição da vacina.
Também há cerca de 1,8 mil salas de vacinas em todo o Estado. Em cada município, a gestão local poderá definir as melhores formas de vacinar sua população e evitar aglomerações, como indicar locais e horários que funcionem melhor para cada realidade.
De acordo com o Plano Nacional de Imunização, os grupos prioritários para a campanha são profissionais na linha de frente em contato direto com o vírus, como pessoas que trabalham em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), centros de triagem e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); idosos em lares de longa permanência; idosos fora desses lares escalonados por faixa etária (mais de 80 anos; de 75 a 79 anos; de 70 a 74 anos); indígenas e quilombolas. A estimativa é que cerca de 1 milhão de pessoas façam parte dessas populações no Estado.
Fonte: Estado do RS