Saúde

Demência pode se manifestar nos olhos; veja sinais e como identificar.

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Demência pode se manifestar nos olhos; veja sinais e como identificar.

Demência tende a afetar a memória e as capacidades cognitiva e motora; estudo aponta que os olhos também 'falam' sobre os sintomas
Com sintomas que normalmente envolvem a perda de memória e a diminuição cognitiva, a demência tende a afetar o comportamento e até as capacidades motora e de aprendizagem. Mas outros sintomas físicos podem ser percebidos em alguns casos.

Quais são os primeiros sinais de demência?
Os sintomas dos principais tipos demência podem ser muito parecidos, como perda de memória, problemas em usar a linguagem, mudanças na personalidade, desorientação, dificuldade em executar tarefas diárias habituais e comportamento perturbador ou inapropriado.
Com o passar do tempo, a doença pode até mesmo afetar a mobilidade do paciente. Mas outra forma pouco abordada no que diz respeito à detecção da demência tem a ver com os olhos. A condição pode causar perda de visão súbita e olhar vago.

Um estudo do laboratório de neurocirurgia e ciências biomédicas no Cedars-Sinai
“Essas mudanças na retina se correlacionam com mudanças em partes do cérebro chamadas córtices entorrinal e temporal, um centro de memória, navegação e percepção do tempo”, disse Koronyo-Hamaoui.

Segundo a CNN, os pesquisadores do estudo coletaram amostras de retina e tecido cerebral ao longo de 14 anos de doadores humanos com doença de Alzheimer e comprometimento cognitivo leve – o maior grupo de amostras de retina já estudado, de acordo com os autores.
Os pesquisadores compararam amostras de doadores com função cognitiva normal com aqueles com comprometimento cognitivo leve e aqueles com doença de Alzheimer avançada.

Outra pesquisa, publicada em fevereiro na revista Acta Neuropathologica, encontrou aumentos significativos no beta-amilóide, um marcador chave da doença, em pessoas com Alzheimer e declínio cognitivo precoce.

As células microgliais diminuíram 80% naqueles com problemas cognitivos, segundo o estudo. Essas células são responsáveis por reparar e manter outras células, incluindo a eliminação de beta-amilóide do cérebro e da retina.

As descobertas também foram aparentes em pessoas com sintomas cognitivos mínimos ou inexistentes, o que sugere que esses novos testes oftalmológicos podem estar bem posicionados para auxiliar no diagnóstico precoce”, diz o autor da pesquisa.
Os pesquisadores descobriram um número maior de células imunológicas envolvendo firmemente as placas beta-amilóides, bem como outras células responsáveis pela inflamação e morte celular e tecidual.

A atrofia do tecido e a inflamação nas células na periferia distante da retina foram mais preditivas do estado cognitivo, segundo o estudo.
“Essas descobertas podem eventualmente levar ao desenvolvimento de técnicas de imagem que nos permitam diagnosticar a doença de Alzheimer mais cedo e com mais precisão”, disse Isaacson, “e monitorar sua progressão de forma não invasiva, olhando através do olho”.
Pacientes diagnosticados com a doença muitas vezes se sentem perdidos, até mesmo dentro da própria casa, não conseguindo encontrar seu próprio quarto ou banheiro, e estão mais propensas a cair.

Dormir se torna uma atividade difícil e a insônia é frequente. Além disso, distúrbios comportamentais, como agitação ou comportamentos disruptivos também são comuns, pois há dificuldade de controle de determinados comportamentos.

Em cerca de 10% dos casos, essa confusão leva a sintomas de psicose, como alucinações, delírios ou paranoia. Os traços da personalidade podem se tornar mais exagerados, podendo gerar preocupações obscuras ou irritabilidade.

Demência não faz parte do envelhecimento normal
É importante ressaltar que a demência não está diretamente ligada ao envelhecimento, diversos idosos que já passaram dos 100 anos não têm a doença.
Ela pode aparecer como uma doença sem qualquer outra causa, mas também pode ser provocada por diversos problemas, como Alzheimer, Parkinson e HIV.

Como evitar a demência
Ainda não há uma forma de evitar a demência, porém pesquisas recentes mostraram que bons hábitos podem fazer uma grande diferença no futuro.
Especialistas recomendam seguir uma dieta saudável, praticar atividades físicas, estimular o cérebro (ler, jogos de lógica, aprender um novo idioma, etc) e dormir melhor.
*Importante: este conteúdo não substitui avaliações profissionais com médicos ou outros especialistas nas áreas de saúde e bem-estar.

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