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Câncer de rim

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Câncer de rim: quase 12 mil cirurgias para retirada do órgão foram feitas entre 2019 e 2024

Um consenso entre especialistas quando o assunto é câncer de rim, é que um dos grandes problemas dele é que não apresenta sintomas em estágios iniciais e quando aparece, o tumor já está em estágio avançado. Estima-se que de 2019 a 2021, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 10 mil óbitos em razão da doença. No mesmo período, foram realizados 18 mil procedimentos para retirada total ou parcial do órgão pelo SUS em decorrência da doença. Acredita-se que 20% a 30% dos pacientes com câncer no rim são diagnosticados com metástase.
“Temos que incentivar as pessoas que devem fazer sempre exames de rotina no menor dos sinais. Quanto mais cedo descobrirmos o câncer, melhor será tanto para a cura, quanto para a expectativa de vida do paciente. Este tipo de tumor é mais prevalente no homem do que na mulher e costuma parecer a partir dos 50 anos”,  revela o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Luiz Otávio Torres.

Sintomas
Segundo o médico, entre os primeiros sintomas da doença que costumam aparecer estão o sangue na urina e dor nas costas, quando a massa do câncer já está grande. Perda de peso e apetite também podem aparecer, porém em estágios mais avançados.
Outros sintomas que podem surgir são:
Dor na lateral da barriga e/ou na lombar;
Inchaço abdominal e nas pernas;
Presença de uma massa no abdômen ao apalpar;
Febre;
Anemia;
Cansaço.
Fatores de risco
O tabagismo é um dos fatores de risco mais associados a esse tipo de tumor, entretanto a hipertensão, obesidade, sedentarismo, histórico familiar, exposição a materiais tóxicos e síndromes como de von Hippel-Lindau também aumentam as chances do seu aparecimento.
“Isso não quer dizer que quem tem hipertensão, terá câncer, mas que é um fator de risco que pode ajudar no surgimento do tumor. As pessoas acabam descobrindo o câncer de rim por meio de exames como uma ultrassonografia abdominal total, ressonância magnética e tomografia do abdômen”, revela o médico.

Os rins são uma espécie de órgão multitarefa no corpo, cumprem diversas funções e todas elas são fundamentais para a sobrevivência. Por um lado, se desfazem de produtos finais do metabolismo, como a ureia. Além disso, regulam o equilíbrio de líquidos no corpo, retendo água quando há perigo de desidratação e a eliminando quando está em excesso. Uma terceira função é a de ajustar os níveis de minerais como sódio e potássio no sangue. Por último, sintetizam hormônios que estimulam a produção de glóbulos vermelhos e regulam a pressão arterial.

O câncer nos rins também está relacionado à idade. Quanto maior a expectativa de vida, mais casos de câncer. No corpo, são produzidas constantemente mutações nas células que poderiam provocar um tumor se não fosse pelo sistema imunológico se encarregando de eliminá-las. Porém, com a idade, essa defesa do corpo perde eficácia. Essa é uma das razões pelas quais a probabilidade de ter um câncer em idades mais avançadas é maior que em pessoas mais jovens.
Existem cinco principais tipo de câncer de rim. O mais prevalente é o carcinoma de células renais claras, que se origina nos rins e pode se espalhar pelo corpo. Há também o carcinoma papilífero, que é considerado mais grave e corresponde a 15% dos casos; o carcinoma cromófobo de células renais – responsável por cerca de 5% dos casos; o de ductos coletores, tipo raro e agressivo, que representa apenas 1% dos casos; e o sarcomatoides, que também é raro e agressivo, representando 1% dos casos.

Tratamento
O tratamento varia de acordo com o estágio da doença. Tumores iniciais são altamente curáveis por meio da retirada parcial ou total do órgão, o procedimento é chamado de Nefrectomia. . Dados do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde registraram 11.898 nefrectomias totais em oncologia e 6.709 nefrectomias parciais em oncologia de 2019 a março de 2024.
“Nas últimas décadas realizamos cada vez mais nefrectomias minimamente invasivas como a cirurgia robótica e laparoscópica, que apresentam menos dor no pós-operatório, menor tempo de internação e retorno mais precoce para atividades habituais dos pacientes”,  disse o coordenador da Disciplina de Uro-Oncologia da Sociedade Brasileira de Urologia, Mauricio Dener Cordeiro. As informações são do Extra.

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