Política

Ranolfo Vieira Júnior é empossado governador do RS

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Publicado em 31/03/2022 - 19h

 

 

SESSÃO SOLENE EXTRAORDINÁRIA
 
 O novo governador do Rio grande do Sul tomou posse no plenário 20 de Setembro, Assembleia Legislativa.
 
O delegado de polícia aposentado Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), aos 55 anos, é o novo governador do Estado do RS. Ele tomou posse na tarde desta quinta-feira (31), após a renúncia de Eduardo Leite (PSDB), que busca uma oportunidade para assumir a vaga de presidenciável pelo partido nas eleições de 2022.
 
O Parlamento gaúcho deu posse ao até então vice-governador Ranolfo Vieira Júnior para o cargo de governador do Estado do Rio Grande do Sul. Na sessão solene extraordinária, no Plenário 20 de Setembro, Ranolfo proferiu o compromisso constitucional e tomou posse em função da renúncia de Eduardo Leite, oficializada à Casa Legislativa na tarde de ontem. Após a sessão, ocorreria ato de transmissão de cargo no Palácio Piratini. 
 
O ato solene contou com execução dos hinos Nacional e Rio-grandense e teve a presença de familiares e amigos do governador empossado, além de presidentes de poderes e órgãos, deputados federais e estaduais, secretários do governo do Estado, prefeitos e representantes de instituições. Antes da sessão, os convidados foram recepcionados na sala da Presidência. 
Quem é Ranolfo Vieira Júnior
Formado em Direito com especialização em Gestão de Segurança na Sociedade Democrática, Ranolfo Vieira Júnior é servidor público há 36 anos. Delegado de polícia desde 1998, dirigiu o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por seis anos.
 
Entre 2011 e 2014, foi chefe de polícia do RS. Em Canoas, esteve à frente da Secretaria da Segurança Pública e Cidadania do município. Vice-governador eleito em 2018, acumulou  também o cargo de secretário estadual da Segurança Pública.
 
Pronunciamento do novo governador
 
Em seu primeiro discurso como governador do RS, Ranolfo Vieira Júnior disse que, durante 39 meses, conviveu, compartilhou, compadeceu, concelebrou e contribuiu com a digna e bem sucedida gestão do governador Eduardo Leite. "Neste momento, tão significativo, devo confessar que não me inquietam os desafios. Assumo serenamente, como é o meu feitio, o peso do dever e a honra de poder servir ao povo gaúcho", afirmou.
 
Lembrou que está há 36 anos no serviço público e que viveu, na prática, o que aprendeu na Faculdade de Direito e o que ensinou aos seus alunos na Ulbra e na Academia da Polícia Civil. "A Justiça é a principal virtude de um governante", completou. 
 
Segundo Ranolfo, foi assim que ele viveu a determinação de um governo inteiro de superar a crise fiscal. "Vi, que na política de gestão, impor limites ao gasto público exige renúncias, contraria interesses, demanda capacidade de resistência a pressões e aflige os governados e também os governantes", explicou, acrescentando que a vitória sobre a crise fiscal não é o componente único que levará o RS a tempos de prosperidade econômica, competitividade e desenvolvimento social.  
 
O governador empossado reafirmou que dará continuidade ao trabalho e projetos do governo. "Pego o timão de um barco em bom rumo. A gestão Eduardo Leite e Ranolfo Vieira Júnior tem ainda nove meses pela frente", destacou, recordando que o período é o tempo de uma gestação. "Para nós, será um tempo de permanente continuidade, em que estaremos sempre olhando para muito além do dia 31 de dezembro". Ele disse ainda que quer governar o RS com o mesmo carinho com que um pai cuida de um filho desde o seu nascimento, cuidando do agora, mas preparando o futuro. 
 
Ele também falou das corajosas reformas realizadas durante o governo Eduardo Leite, que permitiram ao Estado honrar seus compromissos, criar parcerias, soltar as amarras, olhar para a frente, inovar, investir e partir para a solução de problemas nunca antes enfrentados. Citou a redução das alíquotas do ICMS elevado, os investimentos em logística, o pagamento em dia do funcionalismo, o pagamento de dívidas com prefeituras e convênios e o combate à insegurança.
 
Agradeceu ainda a convivência cordial e convergente com Eduardo Leite, a quem classificou como estadista; a parceria, convergência, lealdade e zelosa atividade dos secretários de Estado e da equipe da Secretaria de Segurança Pública. Também enalteceu a harmoniosa convivência entre o Executivo e os demais poderes de Estado e o elevado nível de relação com o Legislativo. "Deputados, somos vizinhos nesse território estadual. Estarei ali do lado, atravessando a rua. Quero que essa proximidade seja não apenas simbólica, mas real e proveitosa. Quero que continuemos a andar lado a lado, mãos dadas sempre que possível e agradeço cada passo que juntos já trilhamos nesse período de nossa história", ressaltou. 
 
Por fim, agradeceu o apoio de sua família e ao Rio Grande do Sul, "cujas cores gloriosas estão representadas naquela bandeira, entrego o sentido da minha vida e o juramento da minha lealdade como governador de todos os gaúchos".
 
 
Pronunciamento do presidente da ALRS
Ao se manifestar na tribuna, o presidente da Casa, Valdeci Oliveira (PT), lembrou que terá o privilégio de dar posse a dois governadores, já que, em janeiro de 2013, também estará à frente do Parlamento, quando será empossado o governador eleito em outubro de 2022. O deputado desejou muito êxito ao novo governador na missão de conduzir o governo nos próximos meses. "Tenho uma relação de respeito, de diálogo fraterno e de parceria com o Ranolfo desde os tempos em que ele comandou a Polícia Civil gaúcha. Conhecendo o Ranolfo como eu conheço, tenho certeza que não faltará empenho e dedicação nessa tarefa", disse. 
 
Valdeci salientou que a Assembleia Legislativa seguirá aberta e parceira à discussão e a encaminhamentos de ações que estimulem o desenvolvimento do Estado, à construção de políticas públicas que gerem mais inclusão, empregos e renda. Declarou ainda que a Casa também continuará cumprindo com o seu dever constitucional de fiscalizar as ações do Executivo e de democraticamente cobrar respostas em relação aos anseios da população gaúcha.
 
O parlamentar aproveitou para pedir ao governador que, dentre as suas prioridades de ação, tenha um olhar muito especial à situação dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, que seguem sendo castigados pelos reflexos da maior estiagem dos últimos tempos no Rio Grande do Sul. "O apoio dedicado ao setor primário pode e deve ser ampliado tanto em nível federal quanto estadual. Isso é urgente, isso é para ontem", enfatizou. Ainda pediu especial atenção de Ranolfo ao combate dos feminicídios e da violência contra mulher. "Enfrentar o machismo e a discriminação é, sim, uma tarefa de governo, assim como é o embate contra a fome, a pobreza e com a falta de saúde, educação e cultura", completou.
 
 
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