Política

Evento alusivo aos 90 anos do combate do Fão de 1932

Política

Publicado em 10/09 e republicado em 12/09/2022

 

  Ato comemorativo dos 90 ANOS DO COMBATE DO FÃO DE 1932
 
Na manhã deste sábado (10/09/22) foi realizado na comunidade da Barra do Dudulha, Fontoura Favier evento comemorativo aos 90 anos do combate do Fão. Que teve início às 10:30h, no cemitrério histórico com celebração da santa missa pelo padre da paróquia de São José do herval e grupo de cantos CRAS/ Progresso.
 
 
Após a celebração abertura com a historiadora Janaíne Trombini
 
 
Jorge de Paula (1933, p. 82):
Estes bárbaros puseram-lhe cordas no pescoço e arrastaram-nos para o terreiro, fuzilando sumariamente. Assim terminou nas margens do rio Fão, lugar denominado “Paço da Barca”, o solene protesto de um povo, cujo amor e respeito pelas tradições de honra podem ser abafados pela violência da força.
 
Neste sábado 10 de setembro, nesta comunidade de Barra do Dudulha, Fontoura Xavier marco histórico e político do Combate do Fão, resultante da Revolução Constitucionalista de 1932. No dia 12 de setembro de 1932, há exatamente 90 anos atrás neste território houve confronto entre as tropas liderada pelo General Candoca do partido Libertador e as forças governamentais, lideradas pelo General Severo, do lado de Flores da Cunha. O principal motivo deste confronto é que estes “rebeldes” estavam apoiando a causa paulista a favor de uma constituição esperada há mais de 2 anos, promessa feita pelo líder Getúlio Vargas quando tomou o poder em 1930.
 
 
 
Falas e relatos históricos sobre o combate
 
Neste momento iniciamos a parte sobre os relatos históricos dentro dos 90 anos do combate.
 
Importante ressaltar  que a tropa liderada por Candoca, registradas em torno de 1000 homens saiu de Soledade em 1º de setembro, passando por regiões desdobradas e montanhosas e interior de Barros Cassal e no 8 de setembro na Barra do Bras (Barros Cassal), chegou um rapaz dizendo ser filho de um amigo de Candoca e gostaria de saber por onde eles iam passar para chegar até São Paulo. Na verdade, o rapaz era filho do seu Pinto “o caçador dos revolucionários” e obtendo a informação que o grupo de Candoca iria passar pelo rio Fão os militares, representantes do governo, poderiam planejar o ataque. 
Já no dia 12, neste local a tropa estava espalhada em todos os morros do local, quando um dos combatentes, Rosauro Tavares, que estava em cima do morro, avistou tropas se movimentando. Sobre isto Jorge de Paula (1933, p. 66, grifo do autor) informa:
No dia 12 de setembro se acamparam em torno do Rio Fão as tropas de Candoca. Ouviram-se os primeiros sinais de descarga. As 9 horas da noite ouvi descargas no acampamento, vieram a minha cama alguns rapazes, perguntando:
- Não ouviu descarga no acampamento?
- Não – respondi.
- Pois houve descargas lá.
- Isso não passa de um ou dois tiros que deram de bobagem ou nalgum fantasma que apareceu lá. Um ou dois tiros – principalmente a noite – nestas serranias, faz eco que parece descarga.
- Não...foi de 50 a 60 tiros, e parece rajada de metralhadora.
 
Em 13 de setembro, às margens do rio Fão, durante o alvorecer ouviu-se os primeiros tiros, marcando o início do combate. O combate com as tropas do governo durou em torno de seis horas até que o grupo de Candoca, esgotando munição, precisou retirar-se pelo mato atravessando o arroio Duduia.  O conflito resultou em mortes ainda “não certas”, pois uns falam em 6, outros 8, ou até mais, mas somente com estudo arqueológico será viável saber o correto número. Estamos aqui neste cemitério em um marco municipal fundado em 1975 pelo então prefeito municipal Olívio Taffarel. Este marco histórico é muito relevante para nossa comunidade e municípios vizinhos. Aqui em 1932, eram territórios de Soledade e Lajeado e ocorreu este confronto armado entre as tropas do grupo de Candoca e do governo.
 
Nesse intuito de valorizar esse episódio, estamos aqui reunidos com as entidades de diferentes municípios, com a proposta de evidenciar ainda mais este episódio.
 
Foi chamado para se fazer presente:
• Representantes do MMDC de São Paulo:
• Representantes familiares:
• Historiadores:
• Prefeitos dos municípios
 
• Representantes CTGs e prendas:
• Sicredi:
• Representante cavaleiros (Valdir Pellenz):
 
 Presença de autoridades para inauguração das placas.
- – Prefeito Municipal e vice de Fontoura Xavier
- coordenadora da  cultura de FX
Secretária da educação Cultura e Turismo de Fx
- Hermínio Marchese - Presidente da comunidade Barra do Dudulha/FX
- - representante MMDC São Paulo
- Representante da prefeitura municipal de Pouso Novo
- Representante da prefeitura de Progresso
- representante Sicredi
- representante da cresol
Condecoração de medalhas pelo belo trabalho pela causa
 
5º Momento: salão e apresentações
 
 Jorge de Paula em “O Combate do Fão” (1933, p. 21-22) informa: 
A terra heróica de Soledade, atendendo à voz dos Partidos Republicano e Libertador e honrando suas tradições, levanta-se hoje de armas na mão pela restauração da ordem do regime legal no Brasil. Estamos com uma brigada de um efetivo superior de mil e quinhentos homens armados, cheios de ardor e fé cívica, para sustentar o lado de outros municípios que como o nosso se acham empenhados no movimento revolucionário constitucionalista, a palavra do Rio Grande. Os compromissos assumidos pelos chefes eminentes Borges de Medeiros e Raul Pilla, que representam a totalidade da população riograndense, é que nos levam a lutar ao lado do heroico povo de São Paulo, nesta memorável jornada cívica contra uma ditadura funesta e nefasta aos destinos da nacionalidade! Viva Borges de Medeiro! Viva Raul Pilha! Viva a Revolução Constitucionalista! Soledade, 1º de setembro de 1932!
 
Neste dia tão especial comemoramos os 90 do Combate do Fão, episódio político-histórico de nossa comunidade, região e estado. Como forma de valorizar e enaltecer ainda mais este momento, temos algumas apresentações para abrilhantar nossa tarde. Momento para viver este momento e também continuarmos com nossa cultura e tradição, muitas vezes colocadas em expressões como a dança, declamação, trova, música. Homenageamos então esses estes combatentes que tiveram este ato de coragem!
 
Apresentações:
Fontoura Xavier:  -  (trova com Rivael)
 
Invernada juvenil CTG Osório de Assis ( danças)
Chula CTG Osório de Assis
 
Pouso Novo:  Invernada Juvenil CTG Tropilhas da Serra (danças)
Progresso: Invernada Mirim CTG 22 de novembro
 
Outras apresentações:
 - apresentação gaiteiro Edinho
- grupo Severnini (irmãos), 2 músicas
-
Agradecemos imensamente a presença de cada um e cada uma que veio  neste ato tão importante para a história de nossa região. Agradecer também a comissão pelo evento em manter viva a história do combate do Fão, nossa história e cultura. As prefeituras, autoridades locais, a comunidade de Barra do Dudulha e a todos que vieram participar e celebrar esse momento importante os 90 anos que de passaram de um história que aconteceu aqui nas barrancas do Rio fão.
Um abraço a todos e um excelente final de semana.
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