Atualizado em 12 - 12 - 2020 às 16h05min
Uma guarnição do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) atendeu, na manhã desta sexta-feira, 11, uma queima de estufa na localidade de Linha Bem Feita, interior de Venâncio Aires.
De acordo com informações da guarnição, o fogo consumiu as 550 varas de tabaco que estavam curando. Foram usados 4 mil litros de água para conter as chamas e evitar que se propagassem. Houve perda total da estrutura de aproximadamente 30 metros quadrados.
Esta é a 10ª queima de estufa da atual safra de tabaco. Na safra passada foram registrados 16 incêndios em estufas na Capital do Chimarrão. O maior número de sinistros em estufas aconteceu na safra 2003/04, com 58 atendimentos.
Com os dez casos desta safra, o CBM atinge 615 atendimentos de queimas de estufas desde a safra 1999/2000 em Venâncio Aires.
Afubra divulga estimativa para a safra de tabaco 2020/2021
A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) finalizou a primeira estimativa para a safra de tabaco 2020/2021. Serão 606.952 toneladas, nos três Estados do Sul do Brasil, o que significa uma redução de 4% comparado à safra passada, que fechou em 633.021 toneladas. Em termos de área, houve uma redução de 6%, passando de 290.397 hectares para 273.356 hectares, nesta safra. Já a expectativa de produtividade é de 2.220 kg/ha.
O presidente da Afubra, Benício Albano Werner, explica de que forma a entidade chega a estes números de estimativa. “Temos, em nosso Sistema Mútuo, o número de pés inscritos, por tipo de tabaco. A estes números, soma-se o percentual dos produtores que não estão inscritos no Sistema. O último percentual usado é o de produtores que plantam a mais ou a menos que o inscrito. Estes três fatores nos dão a área plantada”.
No Rio Grande do Sul, a estimativa de produção aponta para 263.971 toneladas de tabaco (235.398 toneladas na variedade Virgínia; 28.045 no Burley; e 528 toneladas no Comum), cultivados numa área de 123.257 hectares. A safra conta com 70.997 famílias produtoras.
Com referência ao clima, o dirigente destaca que não está o ideal. “Os produtores do Burley, do noroeste gaúcho e oeste catarinense, sofrem com a estiagem no momento do crescimento, da formação da folha. Já no Vale do Rio Pardo, a chuva está faltando para a produtividade e qualidade do meio pé para cima”. Werner finaliza, comparado o clima da safra atual com a passada, onde “temos uma melhora, no geral, mas com localidades específicas que já sofrem com a estiagem”.