Publicado em 28/05/2021 às 11h

EDUCAÇÃO

“Não podemos mais admitir que bares estejam abertos e escolas fechadas”

Promotora regional falou sobre posicionamento do Ministério Público do Rio Grande do Sul em relação à disputa entre Famurs e PGE sobre manutenção das aulas presenciais
O Ministério Público publicou na terça-feira, 26, uma nota com a recomendação das escolas serem as últimas a fecharem casos os números da covid-19 voltem a se agravar no Rio Grande do Sul. A Promotora da Justiça Regional de Educação de Santa Cruz do Sul, Vanessa Saldanha de Vargas, analisou o posicionamento da disputa entre a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) durante entrevista ao grupoahora.

O comunicado do MP ressalta que os prefeitos devem primar pelo caráter “essencial e prioritário” das aulas essenciais e que a educação não deve ser suspensa antes de outras atividades. “Nossos municípios estão preparados, não podemos admitir que bares estejam abertos e escolas fechadas, isso é inversão de valores. Se chegar ao ponto da escola fechar, todo o resto tem que ter fechado antes”, destaca Vanessa.

Essa nota vem após a Famurs afirmar que cabe aos prefeitos decidir, a partir da realidade local, se mantém colégios abertos. Na opinião da promotora, é sempre melhor tentar o diálogo do que a disputa judicial.

Vanessa também analisou a situação da fata de profissionais para atuar nas escolas, o que deixa 1,6 mil alunos sem aulas no Vale do Taquari. “Isso preocupa porque inviabiliza o retorno pela falta de profissionais. Sei que o estado tem contratado e está indo através de servidores de limpeza. Estado está indo através desses servidores.”