Economia

Pix Saque e Pix Troco disponíveis a partir desta segunda-feira (29)

Economia

Publicado em 29/11/2021 às 11h45min

 

Pix Saque e Pix Troco disponíveis a partir desta segunda-feira (29)

O Banco Central informou que a partir desta segunda-feira (29) passam a valer duas novas modalidades de pagamento instantâneo: o Pix Saque e o Pix Troco. Os usuários poderão fazer saques em locais como padarias, lojas de departamento e supermercados, não apenas em caixas eletrônicos.

Segundo o BC, a oferta dos dois novos produtos da ferramenta aos usuários é opcional, cabendo a decisão final aos estabelecimentos comerciais, às empresas proprietárias de redes de autoatendimento e às instituições financeiras.

O Pix Saque permitirá que os clientes de qualquer instituição participante do sistema realizem saque em um dos pontos que ofertar o serviço. Para ter acesso aos recursos em espécie, o cliente fará um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar à de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code ou do aplicativo do prestador do serviço.

No Pix Troco, a dinâmica é praticamente idêntica. A diferença é que o saque de recursos em espécie pode ser feito durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total, ou seja, da compra mais o saque. No extrato do cliente aparecerá o valor correspondente ao saque e à compra.

O limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500,00 durante o dia, e de R$ 100,00 no período noturno (das 20h às 6h).

 

Em um ano, Pix se consolida entre clientes e empresas

São doze meses de operações e mais de 1 bilhão de transações neste período. O sistema de pagamento instantâneo Pix, criado pelo Banco Central, completa um ano neste mês consolidado entre clientes e empresas do país e segue em plena expansão.

Os números apontam que ferramenta rivaliza com outras formas de pagamento, como os cartões de crédito e débito e o uso do dinheiro em espécie. Em novembro do ano passado, o Pix contava com 13 milhões de usuários. Agora, perto do aniversário de um ano, cerca de 101 milhões de pessoas utilizam o sistema. Um crescimento de 639%.

A praticidade para efetuar pagamentos é um dos fatores que ajudaram o Pix a cair rapidamente no gosto dos usuários. O sistema fica disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e sem custos aos clientes. No caso das empresas, há alguns bancos que cobram taxas com valores que variam de R$ 0,50 e R$ 10.

Além disso, o sistema têm recebido modificações e novas funcionalidades com o passar do tempo. No fim deste mês, no dia 29, entram em vigor as modalidades Pix Saque e Pix Troco, que terão oferta opcional.

Utilidade e atributos

Para o economista e professor Eloni José Salvi, ferramentas novas, quanto mais convenientes do que as já existentes para determinadas finalidades, tendem a ganhar espaço. “Essa é a lógica. O WhatsApp é mais fácil e rápido do que o SMS, por exemplo. E no caso do Pix, é mais rápido, mais fácil de executar e tem custo menor do que o DOC, o TED ou mesmo o depósito”, explica.

Apesar de uma pequena resistência no início, o que Salvi considera natural, logo houve uma maciça adesão ao Pix. Lembra das preocupações com a segurança. “Mas logo os benefícios suplantaram essas possíveis causas negativas. É uma ferramenta com grande utilidade e muitos atributos. Isso tudo levou as pessoas a aderirem”, frisa.

 

A facilidade do sistema permite, conforme Salvi, que qualquer negócio, desde as grandes empresas ao pequeno empreendedor, se beneficie da utilização. “Um vendedor ambulante antes precisava da maquininha. E tinha todo um custo com ela. Agora, com o Pix, isso facilita. Qualquer estabelecimento, pequeno ou grande, podem aproveitar”.

Maior segurança

No comércio, a adesão ao sistema é grande. Lembramos que a ferramenta ganhou corpo a partir do começo deste ano, sobretudo pela procura dos clientes.

“Hoje o cliente já entra na loja a procura do Pix. Antes ele perguntava se o estabelecimento aceitava cartão. E isso traz uma segurança maior ao usuário e também à empresa. Não se vê mais tanta circulação de dinheiro vivo. É uma tendência que deve aumentar ainda mais”, projetam empresários.

Parte das lojas disponibilizam totens para facilitar transações. 

O banco central, repassou orientações sobre os cuidados que se deve ter com a utilização do Pix, a fim de evitar possíveis golpes. “Assim como se aumenta a frequência de uso, pode vir a ocorrer mais golpes. É importante ainda cuidar o agendamento, além da questão do limite também”.

Mais opções aos clientes

A maioria dos proprietários de estabelecimentos já adotaram o Pix como forma de pagamento há cerca de meio ano. Esta forma ainda representa uma pequena fatia entre a clientela, mas acreditam em um crescimento da utilização por usuários. “Tudo o que for mais prático sempre é adotado pelos clientes. Alguns ainda tem medo de usar, mas a tendência é aumentar”, projetam.

Para alguns, o Pix representa a maior parte das transações. “É bem mais prático e, por enquanto, sem taxas. O valor cai direto na conta. Logo que foi lançado, aderimos. Mas fortaleceu este ano. Acredito que 70% dos nossos clientes pagam com pix”, revela.

Também destaca que a ferramenta possibilita um controle melhor do caixa da empresa, já que os extratos ficam salvos e podem ser acessados a qualquer momento. “E como o troco anda escasso, facilita bastante para cliente e empresa”.

Em uma papelaria, o Pix também facilitou as compras online. “Pelo menos todo dia alguém compra na loja pelo Pix. E muitos nos procuram no WhatsApp, fazem o pagamento e nós só entregamos”, comenta a coordenadora da loja.

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