Agricultura

Tabela de preço do tabaco safra 2021/2022

Agricultura

Publicado em 27/01/2022 às 20h

 

Negociação do preço do tabaco terminam e acordo é fechado apenas com a empresa JTI

Com as outras sete não houve entendimento, pois o percentual ofertado ficou abaixo do solicitado pelas entidades representativas 

Confira a tabela de preços da safra 2021/2022 empresas .

 

 

As entidades representativas dos produtores de tabaco estiveram reunidas nessa quarta,26, e quinta-feira,27, em Santa Cruz do Sul, participando da segunda rodada de negociação do preço do tabaco para a safra 2021/2022. Depois de um intenso debate com as empresas, foi possível avançar nas negociações com a empresa JTI. Na visão da Fetag-RS, foi a única empresa que de fato, estava disposta a negociar e valorizar o principal parceiro, o produtor de tabaco.

Após muito diálogo, chegou-se á proposta de 19,25% na tabela linear, o que significa o custo de produção e um ganho real de 5%, além do reajuste nas classes das posições o1 (plus), que passaram de R$ 0,50 para R$ 1,00. A proposta foi aceita e o protocolo assinado com a JTI.

No que se refere ás demais empresas que participaram da negociação, não houve acordo, pois o percentual ofertado ficou abaixo do solicitado pelas entidades representativas dos produtores. Contudo,segundo a Fetag-RS, há relatos de que as empresas estão praticando compra no campo com percentuais de aumento muito próximos ou até superiores ao solicitado pela representação dos produtores.

Porém, as empresas optaram por não colocar o aumento na tabela, fazendo com que o reajuste praticado na presente safra não sirva de base para negociações das safras futuras. " a Fetag-RS repudia a postura dessas empresas que pagam um valor para o produtor, mas que não colocam esses valores praticados na tabela", diz texto divulgado pela entidade.

A Philip Morris, foi a única empresa que não participou das negociações de preço, pois não realizou o levantamento do custo de produção de conjunto, conforme havia sido acordado com as entidades na safra passada. A representação dos produtores está disposta a negociar preços com a empresa desde que ela reconheça o custo de produção levantado pelas entidades.

Assim,a Fetag-RS e demais entidades representativas consideram encerradas as negociações desta safra, mas segue aberta para assinar protocolo com as demias empresas, caso aceitem a proposta da representação dos produtores. Diante do cenário atual da safra, onde estima-se uma quebra de produtividade de aproximadamente 20% no volume de produção, a Fetag-RS e os sindicatos dos trabalhadores rurais orientam os produtores a negociar a sua produção dentro do galpão e a só entregar o tabaco na empresa após ter a classificação acordada com o comprador. 

A representação dos produtores exigiu que as empresas não apliquem a multa contratual aos produtores que optarem em vender a produção a outra empresa, uma vez que são as próprias empresas que estão fomentando as vendas para terceiros. E, se não há previsão de multa para as fumageiras, não é justo que haja para o produtor.

MAIS

A safra 2021/2022 já tem nova tabela de preços de tabaco acordados com a JTI. A negociação fechou com 19,25% de reajuste para o Virgínia e o Burley e R$ 1,00 de complemento para as classes de Virgínia, com qualidade superior, como plus. A JTI foi a única empresa a propor um reajuste acima do custo de produção e mais um percentual de 5 pontos percentuais de rentabilidade ao produtor de tabaco. As federações reconhecem esse acordo como um esforço da empresa para recompensar seu produtor integrado e como uma importante contribuição para o fortalecimento do sistema integrado: “uma negociação séria e construtiva que vai beneficiar os agricultores”, afirmam as entidades.

As demais empresas finalizaram a negociação sem acordo. A BAT, a China Brasil Tabacos e a Premium Tabacos apresentaram novas propostas, mas os percentuais de reajuste ficaram abaixo do esperado, não oportunizando avançar as negociações. A BAT e a Premium Tabacos propuseram índices abaixo do custo de produção e a China Brasil Tabacos apresentou apenas o reajuste do custo de produção. A Universal Leaf Tabacos e a UTC trouxeram propostas somente nessa segunda rodada de negociações, mas que ficaram muito aquém do solicitado pelas entidades. As demais empresas não trouxeram novas proposições de preço.

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