Agricultura

Época é marcada pela colheita da uva na região

Agricultura

Atualizado em 01/02/2021 às 15h30min

Emater diz que ainda é cedo para determinar números da produção. Na safra de 2020 foram colhidas 732 mil toneladas, região iniciou ainda em dezembro de 2020 e deve estender-se até o final de março de 2021.

 

Nessa época de colheita da uva, pode-se associar o verso às raízes da parreira, algumas centenárias, espalhadas pela região muito importante.
 
No entanto, se pudéssemos nos embrenhar através das cepas, sobretudo as viníferas, cujos caules têm cascas mais densas, encontraríamos a raiz cultural, que se mistura ao DNA dos italianos, no que diz respeito à produção de vinhos. Então, ao relermos o verso de Paviani, fica mais claro perceber que estamos pisando em um terreno sensorial, afetivo e poético, que vai além do sentido econômico.
 
Todo o trabalho, esforço empreendido no cultivo da terra, na poda da parreira, e as novenas dentro das pequenas capelas, que estão espalhadas por todo o interior da região, erguidas para sustentar a fé e a esperança de que Deus derramaria a chuva e estabeleceria o sol necessário às boas colheitas, tudo isso, naturalmente, reverte-se em desenvolvimento econômico. Mas há quem defenda que o maior diferencial da região, a maior produtora de vinho do Brasil, não teria essa reputação não houvesse o equilíbrio entre a dedicação quase religiosa no zelo pelo vinhedo, aliada a uma filosofia vinífera que pode ser resumida em uma frase.
 
Por isso, quando alguém lhe disser que dentro de cada garrafa tem uma história, pode acreditar, porque não é papo de vendedor.  Com toda a ressalva de consumo moderado, Paviani assim descreve o fruto da vinificação: “o copo de vinho, síntese de luz e suor".
 
“Amigos e horizontes se unem
na integridade do vinho
síntese de sol, fluência dos dias
que nos faz aos poucos visivelmente amadurecer”.
 
Bem-vinda, bendita há tantos anos. Colhe-se, até março, mais do que a uva, e sim, o fruto do penoso trabalho, com a expectativa de uma safra em quantidade e qualidade muito similar à de 2020.
 
Equação complexa para estimar a colheita
 
Entre o germinar do broto do cacho da uva até a colheita, há um espaço de tempo que provoca tensão e um bocado de incertezas. Por mais alternativas que o viticultor tenha hoje em mãos, por conta da evolução nas práticas de manejo, ainda é preciso contar com o dedo de Deus.
 
– Temos todo fevereiro e Março pela frente ainda. Comparando com o ano passado, vai ser difícil bater a qualidade da safra. Mas, se permanecer desta forma, sem chover demais, vamos nos encaminhar para outra safra excelente – revela o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini.
 
A mesma relação de complexidade, na dependência do comportamento do clima, também se observa para a equação de quantidade da colheita.
 
–  Não temos como definir, nem mesmo estimar, um número de quilos que devemos colher. Ainda não sabemos como será a quantidade de chuvas em fevereiro e Março. E tem ainda o famoso granizo, que vamos falar baixinho, para que não venha. Nossa expectativa, sem falar em números absolutos, é de que vamos ter uma safra dentro da normalidade, nem muito acima nem muito abaixo da média dos últimos anos – desconversa Todeschini.
 
Além das condições climáticas, há um fator que tem sido relevante e determinante para uma melhor qualidade e quantidade nas últimas safras.
 
– Temos percebido que o viticultor está mais consciente com o uso dos novos manejos, seguindo as recomendações agronômicas, enfim, buscado o profissionalismo na sua atividade. Podemos verificar isso desde a introdução de cobertura para algumas variedades, poda adequada, adubação equilibrada e demais tratamentos que são necessários para um melhor desenvolvimento do cultivo – explica Todeschini.
 
A colheita na região começou ainda em meados de dezembro de 2020, com a cepa Vênus, que é a primeira no calendário, por ser uma espécie precoce. As demais variedades podem sofrer leve alteração em possíveis datas de colheita, mas a estimativa é de que seja finalizada até o final de março. 
 
Todeschini revela ainda que, de modo geral, já foi colhidas, as uvas Niágara, Couderc, Chardonnay, Riesling, Pinot Noir, Violeta, Magna e Bordô. A partir de fevereiro, será a vez das Isabel, Merlot, Cabernet Sauvignon e as variedades de Moscato.
 
Agradecimento as imagens

Temos as imagens retirada do perfil do fecebook, de Adriano José Valandro, que fizeram a postagem mostrando a colheita da uva em sua propriedade, por vez de boa qualidade.

Também temos a postagem no facebook, do Cassiano Comunello, que fez o registro de belas fotos do pareral da familia, seus pais Ilario Comunello e Olíria Lazarom Comunello.

Assim representa todas as famílias produtoras de uva da nossa região, que consequentemente se transforma em vinho e outras bebidas, gerada da uva.
 

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