Equação complexa para estimar a colheita
Entre o germinar do broto do cacho da uva até a colheita, há um espaço de tempo que provoca tensão e um bocado de incertezas. Por mais alternativas que o viticultor tenha hoje em mãos, por conta da evolução nas práticas de manejo, ainda é preciso contar com o dedo de Deus.
– Temos todo fevereiro e Março pela frente ainda. Comparando com o ano passado, vai ser difícil bater a qualidade da safra. Mas, se permanecer desta forma, sem chover demais, vamos nos encaminhar para outra safra excelente – revela o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini.
A mesma relação de complexidade, na dependência do comportamento do clima, também se observa para a equação de quantidade da colheita.
– Não temos como definir, nem mesmo estimar, um número de quilos que devemos colher. Ainda não sabemos como será a quantidade de chuvas em fevereiro e Março. E tem ainda o famoso granizo, que vamos falar baixinho, para que não venha. Nossa expectativa, sem falar em números absolutos, é de que vamos ter uma safra dentro da normalidade, nem muito acima nem muito abaixo da média dos últimos anos – desconversa Todeschini.
Além das condições climáticas, há um fator que tem sido relevante e determinante para uma melhor qualidade e quantidade nas últimas safras.
– Temos percebido que o viticultor está mais consciente com o uso dos novos manejos, seguindo as recomendações agronômicas, enfim, buscado o profissionalismo na sua atividade. Podemos verificar isso desde a introdução de cobertura para algumas variedades, poda adequada, adubação equilibrada e demais tratamentos que são necessários para um melhor desenvolvimento do cultivo – explica Todeschini.
A colheita na região começou ainda em meados de dezembro de 2020, com a cepa Vênus, que é a primeira no calendário, por ser uma espécie precoce. As demais variedades podem sofrer leve alteração em possíveis datas de colheita, mas a estimativa é de que seja finalizada até o final de março.
Todeschini revela ainda que, de modo geral, já foi colhidas, as uvas Niágara, Couderc, Chardonnay, Riesling, Pinot Noir, Violeta, Magna e Bordô. A partir de fevereiro, será a vez das Isabel, Merlot, Cabernet Sauvignon e as variedades de Moscato.
Agradecimento as imagens
Temos as imagens retirada do perfil do fecebook, de Adriano José Valandro, que fizeram a postagem mostrando a colheita da uva em sua propriedade, por vez de boa qualidade.
Também temos a postagem no facebook, do Cassiano Comunello, que fez o registro de belas fotos do pareral da familia, seus pais Ilario Comunello e Olíria Lazarom Comunello.
Assim representa todas as famílias produtoras de uva da nossa região, que consequentemente se transforma em vinho e outras bebidas, gerada da uva.